ABINC incentiva o desenvolvimento e troca de informações sobre a Indústria 4.0

ABINC incentiva o desenvolvimento e troca de informações sobre a Indústria 4.0

06.12.2018

A transformação da manufatura, conhecida como Indústria 4.0, e um dos seus principais pilares, a Internet das Coisas, motivou a ABINC (Associação Brasileira de Internet das Coisas) a criar o Comitê de Manufatura, agrupando diferentes segmentos industriais no Brasil, com foco em apresentar o potencial dessa transformação digital na manufatura e fomentar a adoção pelas empresas brasileiras de todos os portes para que não fiquem desconectadas das cadeias globais de fornecimento. Com isso busca-se proporcionar um grande salto em produtividade e eficiência na manufatura do país, já que no Brasil a sua utilização ainda é tímida. O país ocupa a 17ª posição no estudo sobre a posição competitiva da Indústria 4.0 feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), onde foram avaliados critérios como a disponibilidade e custo de mão de obra, infraestrutura e logística, tecnologia e inovação e o peso dos tributos.

Formado em junho de 2017, o Comitê está engajado no desenvolvimento de frameworks sobre Indústria 4.0 e Internet das Coisas com intuito de facilitar o entendimento e implantação de tecnologias 4.0, aliado a divulgação de casos reais e a elaboração de road maps para identificação no nível de maturidade das organizações brasileiras sobre o conceito e aplicações da Indústria 4.0. Além disso, também contempla o desenvolvimento de test beds (ambientes para implantação de tecnologias 4.0) em conjunto com entidades de pesquisa. Para Mauricio Finotti, coordenador do Comitê de Manufatura da ABINC, a conexão dos processos nas operações industriais garantem a gestão eficaz de ativos, controles de processos com maior exatidão, dados de equipamentos para manutenção preditiva e geração de milhões de dados constantemente para análises e melhorias operacionais: “A conexão da IoT gera oportunidades inéditas e cria um grande círculo de valor agregado aos produtos e serviços que dela se utilizam. Essa integração, não só interna como externa à indústria, é a base da IoT na Indústria 4.0”, afirma.

As previsões mais otimistas para o setor apresentam que o valor gerado pelo investimento em IoT na indústria chegará a U$ 15 trilhões do PIB global até 2030, de acordo com o estudo realizado pela Accenture para ter uma projeção do impacto da Internet Industrial das Coisas (IIoT) na economia. Para Flávio Maeda, Presidente da ABINC, essa é a primeira vez que uma revolução industrial é anunciada antes de acontecer: “Apesar de já muito discutida e propagada, a aplicação da Internet das Coisas na indústria ainda está no início e temos muito o que aprender para crescer e desenvolver, e para isso estamos criando pontes entre empresas e governos e disseminando as novas tendências, novidades e formas de fazer”, destaca.