Fluxos de trabalho integrados para o futuro da produção digital de embalagens

19.04.2017

Como qualquer outro tipo de impressora, a conversão de etiquetas e embalagens está enfrentando uma crescente demanda por tiragens pequenas, tempo de resposta mais rápido e opções por produções mais flexíveis, conforme seu potencial de marketing é explorado de forma crescente. Mas tiragens pequenas está relativamente ligada a mais despesas operacionais. Essas despesas abrangem os processos que precisam acontecer, seja com uma tiragem de cem ou de um milhão de unidades: estimativa, registro, recebimento e verificação de artes finais, agendamento de produção e verificação de inventário, embalagem, envio, análise dos custos, emissão de busca por faturas.

Portanto, realizar trabalhos de curto prazo só multiplica o problema. Quanto mais o processo de gerenciamento de trabalho puder ser integrado com pré-impressão, produção e todo processo automatizado, mais os custos operacionais (e o potencial de erro) manual será minimizado.

Isso requer mais do que apenas a implementação de uma solução de ERP (planejamento de recursos corporativos) ou MIS (sistema de gestão de informação). Demanda uma integração reforçada no processo de entrega e venda de impressoras, desde a estimativa e a aquisição de trabalho ou criação, via portais de web-to-print, através de impressão e pré-impressão, com rastreamento de trabalho via interfaces de máquinas e coleta de dados de chão de fábrica, até o envio e o transporte, com de relatórios de status em tempo real no prestador de serviço de impressão (e possivelmente para seus clientes), e também a alocação automática de custos e emissão de faturas, monitoramento e análise.

Mas conseguir unir tudo isso com o objetivo de trabalhar em conjunto de forma simples não é pouca coisa. Hoje em dia, os produtores de embalagens e etiquetas com ambientes de produção híbrida digital e analógica estão enfrentando esse desafio ao usar o EFI™ Packaging Suite de fluxos de trabalho certificados completos.

A versão 4 recentemente anunciada do EFI Packaging Suite inclui 20 fluxos de trabalho certificados desenvolvidos para oferecer níveis previamente indisponíveis de automação da produção e dos negócios para conversores de etiquetas e embalagens. Os fluxos de trabalho certificados incluem o software EFI Radius® ERP, integrado a uma variedade de componentes modulares da EFI e de terceiros, como o Automation Engine da Esko, o que permite que conversores configurem seus fluxos de trabalho do Packaging Suite a fim de atender às suas necessidades específicas.

Atualmente essa abordagem está sendo desenvolvida mais a fundo em parceria com a Esko. Conforme anunciado na Drupa, as duas empresas assinaram uma carta de intenção de modo a desenvolver e lançar no mercado uma solução conjunta de fluxo de trabalho que permitirá que empresas produzam embalagens com um único e simples fluxo de trabalho integrado, compatível com embalagens impressas digitalmente e impressoras analógicas convencionais.

A produção de papelão corrugado representa outra grande oportunidade na transformação do âmbito analógico ao digital em impressoras. Os grandes fornecedores, inclusive a EFI, apresentaram novas tecnologias de produção a jato de tinta em papel corrugado na Drupa. A fim de atender especificamente às necessidades de fluxo de trabalho de produção de papel corrugado, a EFI lançou também na ocasião um novo Corrugated Packaging Suite: a primeira oferta de software digital completo de papel corrugado no mercado, atendendo às necessidades de fluxo de trabalho de produção e de negócios no espaço corrugado. O Suite oferece uma plataforma funcional escalável com painéis integrados para disponibilizar status em tempo real em todas as áreas de negócios de embalagens corrugadas. Seu núcleo também possui tecnologias de Sistema de Execução de Produção (MES), fazendo uso de software e componentes da CTI, a desenvolvedora de software de MES adquirida em 2015.

A diferença digital

A abordagem do Suite da EFI é compatível com embalagens e etiquetas impressas de forma digital e análoga. A diferença no modelo de produção de embalagens digitais não são apenas os atributos de produção evidentes de uma impressora digital, no que se refere à ausência de necessidade de placas para sua fabricação ou processamento, a ausência de produção de resíduos na inicialização e a compatibilidade com tiragens muito pequenas e trabalho personalizado. O fato de ser uma impressora digital significa que ela é acionada por uma plataforma Digital Front End (DFE). Isso quer dizer que a comunicação bilateral com o resto do sistema de gestão e produção pode continuar através da impressão, de forma a continuamente obter o status da máquina e dados no progresso do trabalho e uso de consumíveis. Isso aumenta o grau de automação possível na produção e monitoramento, em comparação com os processos manuais envolvidos na impressão de placas e montagem na impressora e a potencial falta de captura de dados da própria impressora na conversão analógica de instalações.

A extensão da colaboração entre a EFI e a Esko conectará as plataformas Digital Front Ends (DFEs) da EFI Fiery, os fluxos de trabalho da Esko e as plataformas MIS/ERP da EFI para criar um ecossistema de produção unificado. A oferta conjunta também será integrada com soluções web-para-impressão da EFI com o objetivo de oferecer um fluxo de trabalho simples, desde o design até a entrega a clientes de impressoras comerciais.

Os usuários de fluxo de trabalho da Esko poderão preparar tarefas para produção uma única vez e utilizar ferramentas de otimização da EFI para roteá-las aos seus dispositivos de produção digital Fiery Driven, como a impressora EFI Nozomi para papelão corrugado ou a futura impressora de papelão dobrável Landa, ambas acionadas por DFEs da Fiery. O fluxo de trabalho conjunto permite que "itens" de produção sejam definidos uma única vez, no que se refere à preparação de arquivos necessários e operações de pré-impressão e os metadados para fins de fixação de preço e gestão de produção. Esses itens pré-definidos são usados para criar, automaticamente, um fluxo de trabalho de tarefas quando surge uma ordem do cliente. Isso pode envolver fixação de preço e produção de um conjunto de itens diferentes da forma mais econômica, levando em conta não apenas as restrições de capacidade de impressão e pré-impressão, mas também a disponibilidade de estoque e recursos do operador no acabamento, despacho e envio.

Tempos exigentes para as DFEs

A DFE é um elo essencial na cadeia de produção e o fato de que a nova geração de impressoras a jato de tinta de altíssima velocidade está sendo apresentada, para a produção de embalagens e outros aplicativos de alto volume, gera uma demanda adicional. A plataforma DFE EFI Fiery XB foi lançada na Drupa particularmente para abordar esses tipos de tarefas, acelerando a velocidade das impressoras digitais em até 100 metros por minuto, de papelões corrugados ou mais de 13.000 folhas B1 por hora.

Construída em um hardware de blade, a plataforma Fiery XB é altamente escalável para abordar tudo, desde a produção de livros convencionais "RIP uma única vez, imprima muito" até a produção de versão de embalagens B1, através do uso de técnicas de gestão de dados variáveis e caching próprio. Especialmente no que se refere à embalagem, caso em que combinar as cores de marcas é comumente obrigatório, a plataforma Fiery XB é compatível com exigências além do padrão CMYK em uma gama de cores extensa e escalável e compatibilidade com até sete cores primárias de tinta, além de itens especiais e aplicativos, como tintas brancas.

Com lançamento planejado para o final deste ano, a integração entre o Esko Automation Engine, o EFI Packaging Productivity Suite e a Fiery será acompanhada em 2017 pela combinação da plataforma DFE do Fiery com a plataforma de automação da Esko e integração adicional com o Productivity Suite da EFI.