O desafio da vacina: logística e soluções

O desafio da vacina: logística e soluções

14.01.2021

As recentes notícias sobre a eficácia da vacina Coronavac (78% para todos os casos da Covid-19 e 100% para os casos graves que precisam de internação ou podem levar à morte), representam um alivio aos brasileiros. Além das questões óbvias da possibilidade de uma imunização e a parceria com o Instituto Butantan de São Paulo, o ativo desenvolvido pela biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech apresenta outros benefícios, como menos desafios em sua logística, uma vez que a vacina não precisa de geladeiras especiais para seu armazenamento.

Mas concluir a distribuição das 10 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 já disponíveis em estoque, mais 100 milhões - 46 milhões até abril e as outras 54 milhões de doses até o fim do ano, anunciadas na última quinta-feira (07) pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, demanda desenvolvimento e novas plataformas tecnológicas significativas do setor de logística.

Daniel Schnaider, CEO da Pointer by PowerFleet Brasil ressalta que além da distribuição das vacinas, há bens e insumos hospitalares que também devem seguir uma cadeia logística, que não deixa de ser complexa e parte essencial para o fim da pandemia. Bem como o controle de temperatura continua a ser uma preocupação. “As vacinas escolhidas podem não precisar prioritariamente dos 80º Celsius negativos, como as da Pfizer, no entanto há de se entender que veículos fechados ou armazéns podem alcançar temperaturas altíssimas de até 70º no verão ou embaixo do sol. E se temos programados 354 milhões de doses em 2021, espera-se uma operação com tecnologias adequadas e equipes devidamente treinadas para isso, conectar a produção ao público final de forma efetiva ultrapassa os requisitos de temperatura”