Otimismo de empresas depende de ações concretas de Temer

Otimismo de empresas depende de ações concretas de Temer

16.05.2016

Setor produtivo vê janela de esperança, mas cobra medidas objetivas

A lua de mel entre o governo Michel Temer e a iniciativa privada não deve durar muito mais do que a tradicional viagem dos recém-casados. Os empresários que atuam no país esperam que em até um mês o presidente interino apresente medidas práticas e promova um choque de expectativas no mercado. Passada a impressão inicial, o setor de infraestrutura quer ver para crer em uma mudança firme de ambiente de negócios para acreditar e, então, investir seu capital em concessões e privatizações.

Para José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), mais do que ajustar marcos regulatórios, o governo Temer precisa rapidamente melhorar o cenário macroeconômico, como forma de retomar o apetite por investimentos, nacionais ou estrangeiros. Isso implica um arranjo de medidas que aponte o rumo dos principais indicadores da economia, como inflação, juros e câmbio.

Antes mesmo da posse, a Cbic entregou a Temer propostas do setor para o período até 2018: “O desafio é apresentar uma resposta imediata para a grave crise que o país vive em conjunto com uma agenda de médio e longo prazos, que crie as condições para um desenvolvimento sustentável”, pontuou a entidade.

Além da previsão formal de energia e transportes, o documento aponta o interesse privado por concessões em áreas onde o governo federal nunca cogitou, como saneamento básico, resíduos sólidos, iluminação pública, hospitais e presídios.