Como superar o pânico da transformação digital?

Como superar o pânico da transformação digital?

04.09.2018

*por Alessandra Martins 

Como começar a digitalizar as operações? Essa é uma pergunta que muitos gestores se fazem, mas para a qual não encontram respostas simples. Minhas proposta é: desdobre a estratégia etapas claras. Defina e comunique um plano de ação factível, escolha um processo de negócio, onde se possa mensurar o risco o proteja de interrupções. Assim é possível começar, sem pânico, uma jornada de sucesso na transformação digital. Fábricas inteligentes, digitalização de processos e internet das coisas (IoT) são temas quentes em setores estratégicos da indústria. Segundo o estudo “Diagnóstico da automação no Brasil”, realizado pela GS1, associação brasileira referência em automação para a Indústria, em parceria com a GFK Brasil, as fábricas têm em média 5 linhas de produção, sendo que 65% delas são automatizadas, ou seja, os processos são realizados por equipamentos ou máquinas sem intervenção humana. Essas tecnologias disruptivas geram entusiasmo, mas a complexidade pode assustar.

Com uma estratégia gradual, as empresas podem recorrer a aplicações de ponta, soluções híbridas e implementação em fases, possibilitando mais confiança, além de aproveitar dos benefícios das novas tecnologias como modernização de equipamentos e processos. Uma estratégia passo a passo também fornece o tempo necessário para estabelecer a segurança de dados e garantir a conformidade com padrões modernos, como o GDPR, padrão de proteção de dados na Europa. E depois de adotar um método, qual é o próximo passo? Quando a empresa entra na fase de aceitação, é hora de definir os objetivos do investimento e a tática para alcançá-los. Um plano bem definido deve ser estabelecido com etapas mensuráveis e o foco deve ser um projeto que seja acessível e econômico.

Alguns exemplos de metas viáveis: • Evite tempo de paralisação de operações não programadas e que os ativos do chão de fábrica continuem a operar; • Otimize o gerenciamento de estoque com menos falhas; • Atenda a demanda de clientes por produtos altamente personalizados; • Melhore a satisfação do cliente e aumente a fidelização da marca; • Acelere a corrida para o mercado de novos produtos. “Lucros duplicados” e “aumento de vendas” não fazem parte dessa relação porque exigem um plano específico e especializado para alcançá-los.

*Manager Director, da Infor Brasil