Agrociência brasileira desenvolve fórmula inédita no mundo para o manejo do greening na citricultura

Agrociência brasileira desenvolve fórmula inédita no mundo para o manejo do greening na citricultura

16.07.2020

Uma pesquisa inédita, desenvolvida recentemente pela renomada agrociência brasileira, resultou numa fórmula para o controle eficaz dos ataques do greening, que há muito prejudica severamente a citricultura, no Brasil e no mundo.

Foi nos laboratórios do Centro de Citricultura do Instituto Agronômico de Campinas (IAC),  localizado em Cordeirópolis/SP, que a bióloga e pesquisadora Dra. Simone Cristina Picchi, criadora da startup CiaCamp, de Araras/SP, encontrou respaldo técnico e um espaço compartilhado no IAC, para crescer e desenvolver, de maneira mais rápida e colaborativa. A pesquisa culminou em um produto inédito, comercializado sob a forma de um fertilizante. A CiaCamp foi a primeira startup do IAC, visando levar a transferência da tecnologia desenvolvida no Instituto para o setor agro.

O estudo no IAC, sob a liderança da pesquisadora Alessandra Alves de Souza, resultou na utilização do conhecido princípio ativo, que se mostrou mais eficaz: o N-acetilcisteína – (NAC) – uma substância usada tanto como expectorante, como também suplemento alimentar para humanos, por ser um eficiente antioxidante. A Dra. Simone Cristina Picchi, que integrou o grupo de pesquisas do IAC, sobre o entendimento do mecanismo da patogenicidade das bactérias Xylella fastidiosa e Xanthomonas citri, relata sobre a ação da molécula NAC na neutralização das colônias bacterianas causadoras das doenças amarelinho e também do cancro cítrico.

Os primeiros experimentos do NAC agrícola foram realizados para controle do amarelinho e cancro cítrico em pomares paulistas, cujos resultados “foram por demais animadores, feitos em estágio adiantado da doença”, afirma a Dra Simone, acrescentando que a equipe de trabalho, liderada pelo pesquisador do IAC Dr. Helvécio Della Coletta-Filho, verificou uma redução na incidência do amarelinho, provocando aumento da produtividade – em quantidade e diâmetro dos frutos – inclusive nas laranjeiras sadias. Esses resultados positivos animou a bióloga Simone a se dedicar e acelerar o desenvolvimento de formulações para o manejo do greening, que, também, trouxeram elevados benefícios ao processo de controle dessa doença, segundo Simone.