Especialistas indicam a temperatura e umidade ideais para ambientes climatizados
22.11.2024
A saúde respiratória e o bem-estar geral estão diretamente relacionados ao ambiente em que as pessoas vivem e trabalham. Por isso, a temperatura e a umidade do ar se tornam elementos muito importantes, influenciando desde a qualidade do sono até a incidência de doenças respiratórias. Apesar de a climatização ser muitas vezes vista apenas como uma questão de conforto, esses fatores impactam em todo o organismo.
Um estudo do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos evidenciou que ambientes com umidade entre 40% e 60% são os mais indicados para evitar a propagação de microrganismos nocivos e melhorar a qualidade do ar. Por outro lado, níveis fora dessa faixa podem criar condições prejudiciais à saúde, como o ressecamento das vias aéreas em ambientes muito secos e a proliferação de fungos em locais excessivamente úmidos.
Patrick Galletti, engenheiro de climatização e CEO do Grupo RETEC, enfatiza a importância de manter esses parâmetros sob controle. “Quando a umidade e a temperatura saem do equilíbrio, o corpo humano pode sofrer consequências como dificuldades respiratórias, irritação ocular e até agravamento de doenças crônicas, como a asma. Investir no monitoramento ambiental é essencial para criar espaços mais saudáveis e seguros”, afirma.
Ajustando o ambiente para um equilíbrio saudável
Ambientes com umidade abaixo de 30% podem causar ressecamento de mucosas, olhos e pele, tornando o corpo mais vulnerável a infecções respiratórias. De acordo com um estudo da Universidade de Harvard, a umidade abaixo do ideal pode contribuir para a disseminação de vírus, como os da gripe. Por outro lado, níveis superiores a 60% favorecem o crescimento de fungos e ácaros, agravando condições como alergias.
Para manter o equilíbrio, o uso de sistemas de climatização e umidificadores pode ajudar a controlar os parâmetros de umidade e temperatura. “O ajuste correto do ar condicionado, associado ao uso de desumidificadores ou umidificadores, permite manter o ambiente em uma faixa segura. O uso de tecnologias de monitoramento pode ser um aliado para garantir um ar mais saudável”, aponta Galletti.
Segundo especialistas, é importante considerar o conforto térmico, que envolve tanto a temperatura quanto a umidade. Estudos mostram que a temperatura ideal para ambientes internos varia entre 22°C e 25°C. Essas condições favorecem o funcionamento adequado do organismo, reduzindo o estresse térmico. Além disso, não exigem um desempenho excessivo dos equipamentos, que não precisam trabalhar abaixo dessa faixa de temperatura.
Evite a omissão
Manter os ambientes dentro dos parâmetros recomendados é uma questão de saúde. Negligenciar essas variáveis pode acarretar desconfortos persistentes, como dores de cabeça, cansaço e problemas de concentração, já que o corpo gasta mais energia para se adaptar a condições adversas. A proliferação de bactérias e vírus também se torna mais provável, ampliando o risco de doenças contagiosas, especialmente em locais de grande circulação de pessoas.
Patrick Galletti enfatiza que é preciso levar em conta esses fatores na hora de projetar a infraestrutura térmica de uma residência ou edifício profissional. “Quando se ignora a importância desses fatores, o corpo pode reagir com sintomas que vão desde desconfortos menores até complicações mais sérias, como crises alérgicas e infecções recorrentes. Priorizar a qualidade do ar é essencial para prevenir esses problemas e garantir uma vida mais saudável”, conclui.
Sobre Patrick Galletti
Patrick Galletti é Engenheiro Mecatrônico, pós-graduando em Engenharia de Climatização e estudante do curso "O impacto das mudanças climáticas na saúde das pessoas", pela Universidade de Harvard. Atualmente, é CEO do Grupo RETEC, uma empresa pioneira e referência com mais de 42 anos de atuação no mercado de AVAC-R (aquecimento, ventilação, ar-condicionado e refrigeração).