Energia solar cria 500 mil empregos em um ano e impulsiona uso de tecnologia na gestão de equipes

03.10.2025
O mercado de energia solar se consolidou como um dos motores de geração de empregos e transformação econômica no Brasil. No último ano, a fonte fotovoltaica gerou cerca de 500 mil novos empregos considerados "verdes", movimentou R$ 57,5 bilhões em investimentos e evitou a emissão de 27 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO?), segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
Hoje, o sol já ilumina com força os números da matriz elétrica nacional: 22,2% da energia consumida no país vem de sistemas solares, ficando atrás apenas da geração hídrica (44,5%). Desde sua chegada oficial ao mercado brasileiro nos anos 90, o setor já gerou R$ 250,9 bilhões em investimentos, com 1,6 milhão de empregos e R$ 78 bilhões em tributos arrecadados.
Até final de 2025, a expectativa é que sistemas instalados em residências, comércios, propriedades rurais e prédios públicos alcancem 43 gigawatts (GW), enquanto as grandes usinas solares centralizadas chegem a 21,7 GW, totalizando 64,7 GW em todo o país.
Enquanto os números iluminam um horizonte promissor, a realidade em campo para atender essa crescente demanda ainda pede novas estratégias. A popularização da tecnologia trouxe um boom de instaladoras e integradoras, e, com ele, um grande desafio no quesito gerenciamento.
Segundo Augusto Lyra, CEO da Everflow - empresa de tecnologia para instaladoras, o desafio do mercado passou a ser não apenas recrutar e treinar equipes qualificadas, mas principalmente coordenar múltiplos times em campo e garantir a rastreabilidade dos serviços prestados – da venda ao pós-instalação. Segundo levantamento do Instituto Ideal, cada sistema fotovoltaico envolve, em média, três a cinco visitas técnicas, entre vistoria, instalação e manutenção, o que intensifica o volume de agendamentos e deslocamentos diários de um equipe de técnicos.